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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

DCE e Unisul de mãos dadas na cura do câncer

A Unisul, o Diretório Central dos Estudantes, a UnisulTV e algumas entidades de Tubarão, em parceria com o Mcdonalds, trabalham para que no sábado, dia 27 de agosto, os sanduíches Big Mac alcancem recordes de vendas e devolvam o sorriso de milhares de crianças em todo o Brasil. Toda a renda das vendas nas cidades de Tubarão, Itajaí, Itapema, Balneário Camboriú, Florianópolis e São José será revertida para a campanha – Eu quero um mundo melhor - que vai finalizar a construção da Casa de Apoio Vovó Gertrudes, ao lado do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis.



A campanha McDiaFeliz ocorre no mundo todo, no último sábado de agosto, e destina os recursos para a cura do câncer infanto-juvenil. A AVOS (Associação de Voluntários do Hospital Joana de Gusmão) atende crianças de toda a Santa Catarina fornecendo estadia, alimentação, carinho e atenção enquanto estão em tratamento do câncer no hospital. “Desde leucemia e linfomas, que são tumores malignos mais comuns, até tumores sólidos como neuroblastoma, como tumores no sistema central. Como o tratamento quimioterápico em alguns casos é feito internado, estes pacientes ficam internados muitas vezes um mês durante o início do tratamento que pode chegar até dois ou três anos. Neste intervalo existem períodos que eles fazem tratamento ambulatorial em que eles vêm, ficam a semana inteira sem precisar ficar internados e neste sentido é importante a casa de apoio. Porque os pacientes vêm ao ambulatório de quimioterapia, durante a noite eles têm hospedagem e no fim de semana retornam para suas cidades. Nos pacientes que vêm fazer radioterapia, as vezes demora em média 15 ou 21 dias. As seções são diárias, a criança não pode ir para sua cidade e voltar diariamente por causa da distância. Então eles vêm, ficam aqui em Florianópolis e daí também é importante que a gente tenha a casa de apoio para eles ficarem neste local”, explica a doutora Imaruí Costa.

No Hospital Infantil Joana de Gusmão, diariamente o trânsito de ambulâncias, ônibus e veículos das mais distantes cidades catarinenses são encontrados. De acordo com a precursora do voluntariado em Santa Catarina e peça fundamental no apoio às crianças e jovens com câncer, Vovó Gertrudes, desde o início da campanha do McDiaFeliz estes recursos foram importantes para a melhoria do hospital e da casa de apoio que leva o seu nome. “Nosso ambulatório de oncologia, a reforma da nossa unidade e a gente pôde dar melhores condições e muitas vezes o que falta a gente pode suprir. Inclusive as crianças que vão fazer transplante de medula, pagar passagem quando falta, isso quando não é possível fazer pela secretaria (do Estado da Saúde) nós fazemos tudo. O que importa é que esta criança vai fazer o transplante de medula aqui neste hospital”, orgulha-se.

A senhora altruísta conta mais um pouco do trabalho do hospital. “Crianças de toda Santa Catarina vêm aqui porque o Hospital de Caridade é referência do Estado. Então, aqui a criança com câncer não fica em fila de espera. Eles chegam e já são atendidos, porque se sabe que todas as patologias têm urgência, mas o câncer a gente não pode perder um dia. A coisa tem que fluir. Aqui no nosso hospital, graças a Deus eles são atendidos e muito bem tratados”.

A pequena Raissa Ghisi, de seis anos e natural de Tubarão, sempre foi bem acolhida no hospital e na casa de apoio Vovó Gertrudes como relata sua mãe Roselene Aparecida. “Aqui a gente está em tratamento vai fazer dois anos em setembro. Ela teve Leucemia LLA Tipo B Comum. Ela já tinha entrado em remissão, estava na manutenção e agora a doença voltou novamente vai fazer 30 dias que a gente recebeu a notícia que voltou a doença e estamos com fé em Deus que a gente vai conseguir. Agora ela vai precisar do transplante de medula óssea. A gente está a procura também de doadores. Vamos esperar e pedir a Deus que dê tudo certo e contar com o carinho do pessoal daqui e dos médicos. Aqui eles são ótimos. Os médicos são mais do que amigos. Eu acho que esta promoção do McDiaFeliz é uma promoção que está ajudando não só as crianças daqui, mas os pais e o psicológico em geral. A gente precisa desta colaboração para todas as crianças. Porque são crianças não só de uma cidade, são de várias do Estado”.

Para contribuir com doações de medula a doutora Imaruí Costa mostra o caminho. “Alguns pacientes que fazem tratamento de leucemia, em poucos casos, o transplante de medula óssea é necessário. A maioria dos pacientes que tratam leucemia ficam curados com a quimioterapia. Para isso a gente precisa de transplante de medula que as vezes a gente consegue com doador que é familiar. Em alguns casos, os pacientes não têm um irmão que seja compatível. A gente precisa de doadores que não sejam aparentados. No Brasil existe um banco de doadores de medula óssea. Este banco é cadastrado através dos hemocentros de cada cidade. Então a gente tem o Hemosc aqui de Santa Catarina em Florianópolis, em Criciúma, em Tubarão, em várias cidades do interior do Estado. Você pode ir nestes hemocentros e se cadastrar como doador. A forma de cadastramento, você vai lá e faz uma coleta de sangue normal e este material é encaminhado para o centro que é no Rio de Janeiro. Lá é feito um teste de compatibilidade com pacientes do Brasil inteiro”, explica a médica.

As viagens de 411 km das videirenses Sueli Piroli e sua filha, que é portadora de leucemia, haviam se encerrado há seis anos. “Seis anos fora de tratamento e agora a doença voltou. Ela tem leucemia linfócita aguda e graças ao hospital aqui a gente está conseguindo o tratamento e esperando que tudo dê certo agora. A gente vêm de Videira. É importante (a Casa de Apoio) porque as pessoas chegam aqui e não tem onde ficar. As vezes se tem quimioterapia na segunda, quarta e sexta em uma distância assim é difícil ir e voltar né. Então, tendo a Casa de Apoio ajuda muito mesmo. Bastante”, revela.

A construção da nova Casa de Apoio Vovó Gertrudes está na reta final e a expectativa é grande segundo a própria vovó. “Há dois anos a gente já estava guardando dinheiro da campanha Mac Dia Feliz para fazer a construção da nossa casa porque as pessoas sabem que nós temos uma casa, mas uma casa pequena, muito simples. E agora não. Estamos construindo uma nova casa com 1,2 mil metros quadrados onde cada criança com seu pai, com sua mãe vai ter o seu quarto com banheiro e, na verdade, vai ser um mini-hotel. Vai ter tudo, a brinquedoteca, lugar para as crianças brincarem como computador. Depois vai ter uma sala para televisão e tudo que precisa para esta criança se alegrar, se distrair e esquecer que está doente. Porque ali deve ser um ambiente mais alegre, mais acolhedor, para que ele possa por alguns momentos esquecer que esta fazendo um tratamento muito difícil”.

Ela vai além. “Está mais do que provado que a alegria ajuda a cura também. Porque eu vejo assim, dia de festa aqui no hospital se você olhar a cara das crianças, o sorriso que eles têm, os olhos que brilham parece que ninguém está doente neste hospital. Então naqueles momentos que eles passam ali, são momentos em que sai até da cabeça deles seus momentos de dor. Quando a gente esquece a dor, eu acho que isso faz melhorar. Nós temos um hospital muito colorido, muito enfeitado, a gente sempre quer procurar fazer mais, mais e mais porque a gente quer dar alegria para as crianças. Você vê que o nosso hospital não tem cara de hospital porque as crianças ficam tristes indo a um hospital. A gente quer que as crianças tenham aqui como se fosse um grande jardim de infância”.

Ainda sobre a obra, Gertrudes gostaria que estivesse pronta até o final deste ano. “Mas infelizmente isso não foi possível. Mas ela já está bastante adiantada e acredito que até a metade do ano que vem nós estaremos com ela pronta. Porque não é só a construção da casa, o esqueleto da casa, depois tem os móveis e tudo o que precisa para começar a funcionar. A gente espera que muita gente que tem boa vontade e agora que vê a nossa casa já com a terceira laje colocada esta vendo que é uma realidade mesmo e vai nos ajudar. Meu marido sempre dizia que quando começam a sair da terra os tijolos todas as pessoas se animam e vêm que aquilo é verdadeiro e é isso que esta acontecendo com a nossa casa. A gente sabe que todos nós ganhamos um grande coração. Eu digo que é um big coração e este big coração precisa funcionar. Não só para a gente, é para os outros também e nós pedimos então, que neste 27 de agosto, as pessoas apareçam nos restaurantes Mcdonalds em Tubarão, Blumenau, Itajaí, Itapema, Balneário Camboriú, São José e Florianópolis e comam um Big Mac. Que entusiasmem seus parentes e seus amigos para irem lá. Quanto mais gente for, mais Bigs serão vendidos e mais renda nós teremos. Também teremos a venda das nossas camisetas que este ano tem um slogan tão bonito – Eu quero um mundo melhor “.

Ela encerra a entrevista com uma mensagem para os país, jovens e crianças que estão neste momento em busca da cura para o câncer. “Meus queridos, eu sei que não é fácil o que vocês estão passando neste momento. Eu já tive momentos como este na minha vida comigo, depois com outros também, mas a gente nunca pode perder a fé, a esperança, acreditar que Deus é pai e nossa senhora é nossa mãe e que eles vão nos ajudar. Uma coisa que eu sempre peço a Deus é para iluminar os cientistas. Porque eles é que descobrem os remédios, para que eles descubram também remédio para curar o câncer e curar outras patologias que até hoje nõa tem remédio. Com fé, com coragem, com alegria e temos que ter muita alegria. Quem tem um problema deste não deve transmitir tristeza, mas sim sempre estar positivo. Sempre transmitir alegria ajuda na cura e a gente sabe disso. Então, procurem sempre com as suas crianças brincarem muito com eles, contar estórias bonitas a cada dia para eles. E é isso que eu digo para vocês. Tenham coragem, nós voluntários estamos aqui no Hospital Infantil para ajudar vocês a vencer esta etapa difícil da vida e que daqui a pouco todos nós poderemos sorrir e dizer que bom meu filho esta curado”.

O McDia Feliz acontece em todo o mundo, sempre ajudando crianças e adolescentes com câncer. A meta é vender antecipadamente, através de tíquetes, 2.500 sanduíches Big Mac, no valor de R$ 9,75. Se você preferir comprar no dia, o valor será de R$ 10,00 e também estará participando. Além do McDonalds os tíqutes estão à venda na Acit, CDL, Prefeitura de Tubarão, UnisulTV e DCE da Unisul.

Comunicação e Marketing da Unisul

2 comentários:

Luisa Pinheiro disse...

Oi!
Sou estudante de jornalismo e preciso entrar em contato com o DCE da Unisul de Tubarão para uma reportagem do jornal-laboratório Zero.
Vocês têm algum e-mail de contato?
Qualquer coisa o meu é luisapsilveira@gmail.com

Obrigada!

Unknown disse...

Acadêmicos da Unisul estimulando consumo de Big Mac's... Realmente, sem comentários. O que será que o pessoal da sociologia, ciência política ou mesmo nutrição tem feito a respeito?

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